Dia Mundial da Síndrome de Down mobiliza Instituto Gabi

Conheça origem, as características desta formação genética e a história da Isabelly, a bela do Gabi

Olhinhos puxados, alegres e muito sempre dispostos. Assim podem ser descritos as crianças, adolescentes e jovens com síndrome de down que participam das atividades no Instituto Gabi.

“Nestes 22 anos de atuação, os Downs são em maior número no Gabi. Eles participam ativamente das oficinas e demais Atividades. Quando fazemos eventos, desfiles, baladas, eles agitam”, declara Iracema Barreto Sogari, Fundadora da ONG que atende crianças e adolescente com deficiência intelectual moradoras do bairro do Jabaquara e entorno. 

A data é comemorada dia 21 de Março, pois se escreve como 21/3 (ou 3-21), fazendo alusão a trissomia do cromossomos 21. Este divisão das células gera uma cópia extra do cromossomos 21 do indivíduo, causando a Síndrome de Down.

 

A condição genética foi descrita pela primeira vez, em 1.866, por John Langdon Down como um quadro clínico com identidade própria. Em 1.958, o francês Jérôme Lejeune e a inglesa Pat Jacobs descobriram a origem cromossômica da síndrome que passou a ser considerada genética (COLOCAR NUM BOX). 

 

Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), existem cerca de 300 mil pessoas com síndrome no Brasil. No instituto, um terço dos atendidos  tem  diagnóstico da Síndrome de Down. O processo terapêutico desenvolvido na ONG envolve duas frentes.

“Atendemos em dois turnos com metodologia diferentes. “Na parte da manhã recebemos as crianças com transtorno do espectro autista (TEA), com atendimento individualizado feito por uma equipe multidisciplinar  e na parte da tarde, acolhemos adolescentes e jovens com  deficiência intelectual, principalmente os down. Aí entra um trabalho coletivo com oficinas de arte, musica, jogos cooperativos, educação física adaptada”, conclui.

 

A Bela do Instituto Gabi

Isabelly, de 14 anos, é uma das atendidas(os) no Instituto Gabi. Doce e meiga são as características que lhe renderam o apelido de Belinha, dado carinhosamente pela família. No instituto não é diferente. Conquistou o coração de todo mundo com seu jeitinho. 

“Ela é uma criança muito dada, carinhosa com todos” conta Bárbara Soledade, 54 anos, mãe da adolescente. Nascida na Bahia, veio para São Paulo em busca de uma vida melhor, e por aqui teve duas filhas. Quando Isabelly nasceu conta que foi um grande choque, mas hoje encara a situação com mais tranquilidade. 

Até porque, Isa traz leveza na vida pessoas. Gosta muito das atividades do Gabi, de modo especial as brincadeiras e quando está em casa adora ouvir música e acompanhar o ritmo dançando. Ir ao shopping, visitar museus, ver peças de teatro e passear no parque são as coisas que mais curte quando sai com a mãe.

Frequentou o Instituto Gabi por muitos anos até a chegada da pandemia, quando deu um pausa nas atividades. “No começo ela ficou um pouco assustada, porque não era o mesmo grupo de quando ela frequentava no outro espaço, mas agora ela tá indo tranquila” conta Bárbara sobre o retorno das terapias na nova casa do Gabi.

O acompanhamento realizado pela ONG faz toda a diferença na rotina dos pacientes que encontram no lugar a aceitação e o cuidado. “Isso ótimo para o desenvolvimento dela,  aprendeu muita coisarelata a mãe de Isabelly, sobre a diferença percebida na filha e aconselha que todas as mães busquem o melhor para seus filhos e filhas.

O Instituto Gabi participa ativamente das comemorações do Dia Mundial da Síndrome que inclui oficinas, palestras e a mobilização da Paulista, no dia 27 de março. 

Para saber mais sobre o trabalho de inclusão das pessoas com deficiência e síndrome de down: www.institutogabi.org.br

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