MÃES QUE AMAM EM DOBRO

Especial Dia das Mães: conheça três histórias que nos ensinam o que é gerar vidas e ter tempo para cuidar dos filhos dos outros

Nesta data especial, deixemo-nos inspirar pelo exemplo de três mães, Iracema, Margarete e Tarlini, que tem em comum a maternidade e o propósito de ajudar outras familias. Elas representam todas aquelas doam sua vida no cuidado dos filhos e se preocupam com quem precisa.

Iracema, nossa primeira personagem, é mãe do João Filipe, 24 anos, e da Gabriele, que hoje teria 29 anos. Aos seis anos a Gabi foi arrancada do seu convívio por um motorista irresponsável, em 2001. Neste momento Iracema, o marido Francisco e o filho fizeram um longo caminho de resiliência. Ancorados na fé em Deus retomaram a vida com muita dor e esperança. Tiveram forças para pensar no próximo, criaram um projeto social – Instituto Gabi – que mantém viva a memória da Gabi, cuja missão é acolher mães e promover a inclusão dos seus filhos com deficiência e Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Ao longo destes 22 anos Iracema viu o filho crescer e tornar-se advogado. Enfrentou problemas de saúde, mas não desistiu. Junto com a equipe de colaboradores e de voluntários acolheu e desenvolveu um programa de inclusão que trouxe qualidade de vida para as famílias que frequentam o Instituto Gabi. Foi buscar conhecimento na área da deficiência, sobretudo o Transtorno do Espectro Autista (TEA), grande desafio do Instituto Gabi.

 

“Nossas vidas são marcadas por rupturas que, às vezes, são verdadeiras pauladas que machucam. Mas podemos sair delas mais fortes. Isto nos ajudou a fundar o Instituto Gabi”.

 

 

Margarete, nossa segunda personagem, é voluntária da primeira hora que seguiu o exemplo da Iracema e até hoje participa deste movimento de inclusão. “A maternidade pra mim chegou tarde, aos 51 anos. Mas veio com toda força e com todo o amor do mundo! Manuela é a realização do sonho de uma vida e hoje, com a graça de Deus, podemos desfrutar da felicidade que ela nos traz. Celebrar o primeiro Dia das Mães com ela, vai ser muito emocionante. Por causa dela eu quero ser melhor e quero um mundo melhor. E essa força potente, me move adiante. Te amo mais que tudo minha filha”, declara Margarete!

 

 

Cada dia novas mães batem a porta do Gabi, como a Tarlini, mãe do Artur e da Alice, ambos com autismo. Ela é nossa terceira personagem e representa as guerreiras que dão a vida para seus filhos e ajudam manter os atendimentos. Cuida dos dois filhos e ajuda como voluntária na digitação das notas fiscais.

“Eu sou mãe do Artur e da Alice, duas crianças autistas. Estão em processo de autoconhecimento e descobertas. Estão no período de amadurecimento, um período bastante difícil, sabemos que a vida é feita de fases. Minha rotina é intensa, cuidar dos dois, irem ao Instituto Gabi, a outras terapias e à escola. Mas não vou desanimar. Sei que eles precisam muito mais de mim do que eu deles. O que me encanta é que tudo na vida é uma evolução, um aprendizado. As mães do Gabi me ensinaram muito. Às vezes quero desanimar, fico chateada, mas sigo firme. Me sinto muito feliz, abençoada por ter dois filhos. Sim eles são a prova de que Deus é maravilhoso e nos ensina a lidar nestes momentos difíceis. Meus filhos são meus anjos da guarda”.

 

“Iracema, você é minha segunda mãe, me acolheu no Instituto, eu tenho a idade da Gabi, sei que ela continua entre nós. Obrigado Iracema pelos dois filhos que você gerou e por tantos outros que está cuidando, sobretudo o Artur”.

(Tarlini Yamamoto).

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